Happy Birthday

Happy Birthday, 2000/2001

Metal base and pole, loudhailers, amplifier and sound (loop)/Base e poste em metal, altifalantes, amplificador e son (loop)
290 x 54 x 54 cm

Happy Birthday is a sculpture whose presence is primarily felt through sound. Playing on a loop, this sound penetrates  the surrounding space through three loudhailers on the top of a 2,9 metre-high mast, making this structure evident. Inspired by Minimalism and Conceptual Art, João Louro explores a sculptural code intrinsically related to industrial materials that can de moulded by the human hand.

The artist brings objects into the exhibition space  whose construction does not surprise the eye at first glance but which, as a whole, make a strong statement, particularly via the sound they emit –  a series of urban noises can be heard alongside the sound of an electric guitar playing what resembles Jimi Hendrix’s version of Happy Birthday.

The use of technology in contemporary Portuguese art, particularly coupled with sculpture and installations, was widespread in the 1990s. Many of the young artists at the time sought to explore technological devices in order to incorporate them into their artwork. Examples of this are the Discman and the portable radio, tools abundantly used in many of the works of this generation.

Thus, expanding the scupture field – allowing sculpture to escape its conventional context – this decade allowed sound and video to be incorporated into the very materials used in artistic creation, opening up the realm of art to infinite possibilities.

Happy Birthday é uma escultura que marca a sua presença principalmente através do som, que, em loop, penetra o espaço onde se encontra e não a deixa passar despercebida. Já a sua estrutura, um mastro com 2,9 metros de altura onde, no topo, se encontram instalados três altifalantes, podia passar despercebida em qualquer outro contexto. João Louro, inspirado pelo Minimalismo e pela Arte Conceptual, explora um código escultórico intrinsecamente relacionado com materiais industriais, por oposição aos materiais moldáveis pela a mão humana.  O artista transporta para o espaço expositivo elementos cuja construção não surpreende o olhar, mas que, no conjunto, marcam uma forte presença através do som que emanam – uma série de ruídos urbanos faz-se ouvir juntamente com o som de uma guitarra elétrica que remete para a versão de Happy Birthday do músico Jimi Hendrix.

A utilização da tecnologia na arte contemporânea portuguesa, nomeadamente aliada à escultura e à instalação, foi largamente difundida na década de 1990. Muitos dos novos artistas da altura procuraram explorar os aparelhos tecnológicos de forma a integrá-los nas suas obras. É o caso do Discman e do rádio portátil, ferramentas abundantemente utilizadas em muitas das obras desta geração. Assim, expande-se o campo escultórico, que permite a uma escultura saltar do seu contexto convencional – esta década proporcionou a implementação de som e vídeo em materiais próprios da prática artística, abrindo o espaço da arte para possibilidades infinitas.